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quinta-feira, 11 de junho de 2009

PRIMEIRA GREVE DA EDUCAÇÃO POTIGUAR

Primeira greve dos professores do RN completou 30 anos (1979/2009) - FONTE - INTERNET

A primeira Greve dos servidores públicos da Educação Potiguar aconteceu depois de 16 anos do primeiro grevista em prol de melhores vencimentos, ocorrido em 23 de abril de 1963, de policiais militares da gloriosa e amada Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte, em 10 de maio de 1979, na administração do Dr. Lavoisier Maia Sobrinho (09/10/1928,EX-SENADOR E ATUAL DEPUTADO ESTADUAL)a qual foi deflagrada pela servidores da educação. A época ainda era a da Ditadura Militar, quando greve era totalmente proibida, e do fim do Governo Geisel e início do Figueiredo. Naquele momento, também ocorreram vários movimentos grevistas em todo o país, em particular as greves do ABC paulista. Era tempo de retomada do movimento sindical no Brasil.
Os educadores do comando do movimento, por sua vez, eram jovens de 20 e poucos anos, como relata o professor Eduardo Gosson. “Há dois meses havíamos entrado no Magistério Público”, lembra. Um dos participantes da greve, inclusive, foi o atual presidente da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto, que atuava no magistério, em Mossoró. Dos 70 colégios de Natal, 69 pararam as atividades e mais outros 12 em Mossoró e Caicó. “O magistério era uma categoria completamente esquecida, tanto que a própria direção da Associação de Professores foi contra. Nós conseguimos dar visibilidade a todo o funcionalismo público e ao direito de se fazer greve”.

“Uma das nossas estratégias era a de não divulgar os nomes dos envolvidos, mas apenas que o Comando de Greve estava atuando. Isso para não sofrer represálias, porque já era o ocaso da ditadura, mas o Serviço de Informação do Governo ainda mapeou todos os envolvidos. O governador foi orientado pelo Serviço de Segurança”, lembra o professor.
Para ele, a direção da Associação de Professores não aderiu à greve porque era muito tradicional e tinha o hábito de “sofrer calada”. O que se fazia na época era preparar um documento destinado ao Governo do Estado e esperar que a categoria fosse ouvida. “Rolava um boato na cidade de que quem aderisse a greve seria demitido”, lembra José Antenor de Azevedo, 62, que ensinava no Colégio Atheneu.
O Comando de Greve era formado pelos(as) professores(as) Iara Maria, Egídio, Eduardo Gosson, Marcos Almeida, Vicente Barbosa, Jônatas Azevedo, Manoel Sérgio, Sara Lordão, Geraldo Pereira Pinto e José Antenor de Azevedo. A categoria já fazia reivindicações não muito diferentes das atuais, como a imediata promoção e a instituição de um piso salarial de três salários mínimos. Vale salientar que 30 anos depois a luta pelo piso continua, só que desta vez pela sua efetiva implantação.
Reivindicações
O restante da pauta de reivindicações era: o enquadramento de todos os professores a partir da Lei n° 16, de 14/10/1977; carga horária de 40 horas semanais; correção de carga horária de 4,5 para 5 semanas; taxa de insalubridade (20%); incorporação automática de quinquênios aos salários; equivalência salarial entre estatutários e celetistas; reajuste de 200% a partir de 1° de maio e criação de uma comissão paritária para reformar o estatuto do magistério.
Conseguir o apoio da população, entretanto, também não foi fácil, sobretudo no interior. O professor Joaquim Gaspar Filho, 62, participou da greve como presidente da Associação de Educadores do Magistério de Caicó (AEMEC) e relata que as pessoas tinham muito medo de apoiar o movimento.
“A amizade política em Caicó e nas demais cidades da região era e é muito grande. Todos os comandantes da greve faziam questão de deixar claro que o movimento era apartidário, que a luta era pela melhoria das condições de vida e trabalho da categoria, mas era muito difícil”, relata.
Apesar das dificuldades, o movimento se considerou vitorioso, tendo conseguido a reforma do estatuto e um aumento de salário de 90%. Um de seus membros, o professor Felipe Caetano, 62, representante da Associação dos Professores de Mossoró (APM), ainda se emociona ao falar do assunto e diz que a maior conquista da greve foi ter conseguido fazer os professores acreditarem que só organizados poderiam conquistar seus direitos. “Os estudantes da época apoiavam o movimento de maneira consciente. Antes do direito à greve, em 88, éramos mais fortes, lutávamos mais”, garante Caetano.

O acordo com o Governo, por fim, foi feito após uma semana de greve, segundo Gosson, e mediado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através de Varela Barca e Hélio Galvão e pela Igreja Católica, na figura de Dom Nivaldo Monte e Dom Costa. “Se não conseguimos tudo que queríamos, conseguimos inaugurar um novo paradigma: o direto de greve para o funcionalismo público e mostrar para a sociedade a importância do professor”.
A imprensa, a qual deveria ser totalmente imparcial, sempre está lado do político proprietário do órgão de comunicação, geralmente, um político bem sucedido, daí, o operário de tal órgão, mesmo sem querer, tem que puxar as brasas para a sardinha do patrão. Na época da primeira greve dos servidores da educação, o jornal Tribuna do Norte, de propriedade de ALUÍZIO ALVES (11/08/1921 – 06/05/2006) seguia uma linha diferente. Os personagens em evidência na manchete eram o então governador, Lavoisier Maia, e o secretário de Educação, Arnaldo Arsênio. Outro ponto que chama atenção nas notícias deste jornal é a ênfase na falta de apoio da Associação dos Professores do RN à greve. O Diário de Natal, na época dirigido pelo saudoso e conceituado jornalista, Dr. LUIZ MARIA ALVES (13/05/1908 – 19/04/1995) sequer chega a citar o assunto em qualquer uma de suas manchetes. Os dois jornais sempre se relacionavam à força do movimento grevista.
Por fim, quando a greve acabou, a Tribuna do Norte, ressaltou fortemente a positividade dos direitos adquiridos pelos professores e chegou a anunciar o fim do movimento antes de sua oficialização. Enquanto isso, o Diário de Natal, que apesar de ser um órgão, que se diz ser independente, porém, não, apesar de não pertencer a um forte político, daí, fica com o direito de escolher se fica como posição ou oposicionista, e na greve de 1979, o DN ficou com a situação, chamando as crianças de volta às escolas e entrevistou os líderes do movimento, para concluir que a qualidade da educação no estado era baixa.

Um comentário:

  1. Na verdade, a fonte é o site do deputado estadual Fernando Mineiro (PT/RN). O conteúdo foi produzido por sua assessoria de comunicação.

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Jose Maria das Chagas, nasci no sítio Picada I. em Mossoró-RN,filho do assuense MANUEL FRANCISCO DAS CHAGAS e da mossoroense LUZIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, com 14 irmãos. Ingressei nas fileiras da gloriosa e amada Polícia Militar do Rio Grande do Norte no dia II-VII-MCMLXXX com o número 80412. Casei-me em XV-IX- MCMLXXXIII com a apodiense MARIA ELIETE BEZERRA (XXIII-VIII-MCMLXIII), pai de 5 filhos: PATRÍCIA ( NASCIDA A XVII - VIII - MCMLXXXIII FALECIDA EM VIII - XI - MCMLXXXV), JOTAEMESHON WHAKYSHON (I - X - MCMLXXXVI), JACKSHON (FALECIDO) E MARÍLIA JULLYETTH (XXIX - XI - MCMXC).Atualmente convivo com outra apodiense KELLY CRISTINA TORRES (XXVIII-X - MCMLXXVI), pai de JOTA JÚNIOR (XIV - VII - IMM). JÁ PUBLIQUEI TRÊS TRABALHOS: CHIQUINHO GERMANO -A ÚLTIMA LIDERANÇA DOS ANOS 60 DO SERTÃO POTIGUAR, COMARCA DE APODI EM REVISTA e A HISTÓRIA DA COMPANHIA DE POLÍCIA MILITAR DE APODI

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