A primeira greve por melhoria de vencimentos ocorrida na Polícia Militar do Rio Grande do Norte, teve início no dia 23 de abril de 1963, na gestão do saudoso Aluízio Alves (11/8/121 – 06/5/2005), que apesar de ter sido um administrador de grandes realizações, porém, no âmbito da Polícia Militar, foi péssimo. Naquela época os policiais militares do estado estava vivendo uma triste situação, ganhavam um soldo miserável, que não dava para sobreviver e seus familiares passavam necessidade; não recebia fardamento, segundo os policiais militares ba época, eles andavam com o fardamento com costura, ou seja, costurava a farda para não andar rasgado; não tinha armamento. Era uma situação de calamidade pública. Para que os policiais pudessem ter uma melhoria nos vencimentos, fardamento e armamento entraram numa luta em prol de melhoria de vencimento e promoveram um movimento grevista. Como o Governador fora pressionado através da greve, esse para se vingar, de imediatamente comunicou uma notícia inverídica ao Exército Brasileiro, alegando o chefe do Poder Executivo que estava sendo ameaçado de morte por parte da Polícia Militar. Ao receber a informação do governador, o EXÉRCITO de imediato enviou a Natal um grande exército para reprimir os policiais militares e a ordem do Comandante que veio a Capital do Estado era para prender todo o efetivo da PMRN, e de repente o General Comandante da operação adentrou no Quartel da Polícia Militar e deu voz de prisão aos policiais militares e todos sem nenhuma reação se renderam, aí o general determinou a proceder uma severa investigação em todas as repartições do Quartel do Comando Geral, na Rua Rodrigues Alves, no bairro do Tirol, indo primeiramente no material bélico, ao chegar nesse órgão aquele general ficou totalmente surpreso ao ver todo armamento pertencente a PMRN estava totalmente descarregado, com isso ficou provado que o Governo não tinha falado a verdade, ou seja, havia mentido ao dizer que estava sendo recebendo ameaça de morte, dessa maneira o general comprovou que a PM não estava querendo matar o governador. Foi aí que um soldado tomou posição de sentido e pediu permissão ao general, sendo prontamente atendido. O comandante da operação mandou que o policial dissesse o que estava querendo dizer: “General, aqui ninguém quer matar o governador. O que está acontecendo na Polícia Militar do Rio Grande do Norte é uma grande fome e péssimas condições de trabalho. O comandante comprovou a veracidade, de imediatamente comunicou o fato ao Comando do Exército na capital Federal e ao presidente da República.
Segundo informações de alguns policiais da época. O Governo Federal obrigou ao governo estadual a conceder um reajuste de 100 por cento aos policiais militares.
O Exército Brasileiro naquele ano enviou a Natal vários caminhões carregados de mercadoria para ser fornecido aos policiais militares, segundo a mesma fonte os policiais e seus familiares saiam do Quartel montão de feira.
Naquela época foi dado a todos os policiais militares três dias de folga para que os mesmos pudessem matar a fome juntamente com seus familiares em suas residências
Na realidade temos poucas informações a respeito da primeira grave da PMRN, mas conseguimos algumas informações que devido a greve ocorreu muitas prisões de policiais militares, sendo soldado, cabos, sargentos, subtenentes e oficiais. Foram 11 sargentos e subtenentes. Não temos as identificações dos mesmos, apenas sabemos que o terceiro sargento PM JÚLIO RIBEIRO DA SILVA, hoje, subtenente da reserva remunerada sofreu 19 dias de prisão pelo motivo de ter sido um dos principais no movimento grevista, porém, sem jamais pensar em cometer delito, e principalmente contra o Governador do Estado. Que além dos praças presos, vários oficiais também sofreram punições, ter participado no movimento reivindicatório por melhores salários na PM realizado no mês de abril de 1963. Não temos os nomes de todos os oficiais que sofreram punições, mas temos os nomes de quatro, sendo eles:
1 – MAJOR PM ANTONIO OLEGÁRIO DOS SANTOS
1 – CAPITÃO PM GENIVAL OTAVIANO DOS SANTOS
2 – CAPETÃO CAPELÃO PM MANOEL BARBOSA DE VASCONCELOS FILHO
4 – ASPIRANTE-A-OFICIAL CÍCERO FIGUEIREDO DE MENDONÇA